segunda-feira, 11 de agosto de 2008
Arrastando o Seu Cadáver
É demencial
Não há palavras que consigam dizer o horror
Vi um pobre homem agarrado ao que restava da sua mulher
Errando pela baixa
Os olhos fixos num horizonte perdido
Sem uma palavra
Sem um som
Arrastando a carcaça desfigurada por entre o trânsito do fim da tarde
Passei sem conseguir dizer nada
Ninguém dizia nada
O silêncio
Acompanhava o olhar vazio
A dor
A vaguear por entre as ruínas e o trânsito do fim da tarde
As pessoas apressavam-se por causa do cair da noite
E o pobre homem seguia um destino sem rumo
Arrastando o seu cadáver
E o pobre homem
Seguia um destino sem rumo
Arrastando o seu cadáver
Ninguém dizia nada
O silêncio
Acompanhava o olhar vazio
A dor
Adolfo Luxúria Canibal
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2 comentários:
Eu não tenho pinta suficiente para comentar este blog, mas vou comenta-lo. Foda-se! (Desculpa o palavriado.) Tu és património nacional da blogosfera. Tu vais ser património mundial. Quando fores velhinha vais ser enterrada no panteão por cima da Amália. Vão fazer de ti uma estátua de cera para por naquele museu em Londres.
Vassalagem à STRUDER!
I'm a huge huge fan!
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